Um blog para ler e criticar, para e não se identificar, um blog de contos, textos e histórias.

terça-feira, 12 de março de 2013

A Ruiva e O Sonhador


                Ele andava em passos lentos, vagando pelo seu universo também chamado imaginação. Pensou de pôneis a dragões, de céus a infernos, de montanhas a caroços de feijão. Mas no fim, parou numa simpática mulher de cabelos vermelhos.
                Ele sabia, era muito novo para ela, mas também não ligava. Não era esse tipo de amor que agora deixava aflito seu coração. Ele amava-a, mas apenas por observá-la. No primeiro segundo que viu sua foto, quis saber tudo sobre a pessoa. Parece um tanto obsessivo, mas não havia nenhuma intenção de maldade ali. “Amar” se tornou um sinônimo de “admirar”, e assim ele seguiu sua vida. No entanto, pensava nela como uma pessoa feliz e revoltada, com seus altos e baixos e um sorriso no rosto. Isso o deixava alegre.
                Ao mesmo momento, do outro lado do país, uma linda moça jovem e forte caminhava, com seus cabelos vermelhos queimando no sol. Ela encantava só por andar e contagiava o mundo ao redor. Ela entrou rapidamente em casa, beijou o namorado que tinha vindo visita-la, e ligou o computador, meio que abraçada ao homem, meio que concentrada no que teclava. Não passou muito tempo, ela recebeu uma notificação de alguém desconhecido.
                No momento, achou estranho, e viu o que a pessoa tinha comentado. Usava uma foto de desenho, dificultando mais o reconhecimento. Ele mandava um link para um blog. Seu namorado perguntou quem era, mas ela simplesmente disse que não sabia. Clicou no link. O que descobriu é que o post falava sobre ela.
                Ele ficou um dia inteiro ansioso. Ela ainda não havia respondido. Ele pensava se gostaria de uma resposta ou não. Afinal, que adulta levaria um garoto de treze anos a sério?! Enquanto estudava, ligava o computador para ver se ela já havia respondido. Mas poxa, ela já tinha visualizado! Concluiu que ela não responderia e deixaria o caso abafado. Depois de dois dias, ele voltou para casa exausto e abriu o computador como uma ação instantânea. Três notificações. Piadas e mais piadas. Ela não havia respondido.
                Já havia se levantado para ir tomar banho, quando ouve um som vindo do computador, sim, havia chegado mais uma mensagem. Era dela! Abriu rápido, mas a conexão não funcionava na mesma velocidade que sua empolgação. Sem querer, deixou cair a toalha e seu celular no chão. A página finalmente abriu, e, de lá, ele leu o pequeno texto:
“olá, eu não sei quem você é. também não faço a mínima questão de saber. não quero que você fique... me observando. é estranho e ao mesmo tempo maluco. se afaste de mim”
                E com essas palavras, ele desejou que ela não tivesse respondido, e tivesse deixado seu sonho sem um fim.

domingo, 27 de janeiro de 2013

The Ice and the Sea


                                                               THE ICE AND THE SEA
                O céu e o mar estavam unidos, juntos num tom de cor. As ondas dançavam suavemente - num movimento que impressiona qualquer um - , quebrando em algumas poucas rochas que fazem a natureza ser perfeita. Alguns peixes podiam ser vistos da superfície, mas lá no fundo era algo totalmente diferente. Umas poucas aves sobrevoavam o local, suas sombras eram como artes que se moviam numa pintura.
                No meio do paraíso, uma lancha dourada quebrou o clima natural e calmo, fazendo uma linha no meio do oceano e criando ondas fora do ritmo e do movimento. A lancha era grande, bonita e luxuosa. Na parte de trás da lancha, quatro pessoas sentavam-se em bancos acolchoados e permaneciam num silêncio estranho, ainda não tinham se soltado bastante para começar a falar. A cabine estava ocupada por dois homens, que tentavam pôr música para tocar no estéreo do barco. Na frente, mãe e filha ficavam num silêncio maior que o outro, mas por um motivo diferente: adolescência. A lancha flutuava no mar. Mesmo perturbando a ordem natural, era lindo de se ver.
                Uma médica, uma policial, um engenheiro e uma futura arquiteta. As quatro pessoas eram íntimas, mas não estavam lá muito animados naquela hora. Havia uma preocupação no ar, pois a médica tinha passado por um processo cirúrgico e não poderia se movimentar tanto numa lancha. Ela tinha uma aparência feliz, se sentia alegre quando podia passear e conversar, já que não podia fazer tudo isso normalmente. Vestia uma canga colorida, e se sentava com a cabeça apoiada no lado esquerdo da lancha. Estava feliz, mas percebia no que as outras pessoas pensavam.
                A policial, namorada do engenheiro, era uma das mais preocupadas, mesmo que as vezes seu pensamento se voltasse para seus sobrinhos e seu trabalho. Estava com uma canga, mas dessa vez, branca. Sentava-se ao lado da médica, mas oferecera-a o banco inteiro, para assim poder deitar, foi recusado. Ela estava feliz também.
                O engenheiro estava mais que feliz. Sua filha aceitara viajar – mesmo que pequenos quilômetros – com ele, coisa que era raro. Se preocupava com esse jeito anti-social, mas sabia que tinha uma parcela de culpa, já que, quando se separou da mãe da arquiteta, ficou ausente na casa de sua filha. Pensava em várias coisas ao mesmo tempo: o jogo que logo o seu time iria jogar, a viagem, sua irmã – a médica - , se preocupava se sua filha estava aproveitando e pensava se deveria ajudar na cabine da lancha. Ele pensava em muitas coisas, mas pouco pensava na policial, que não cegamente não percebia. A futura arquiteta já o tinha avisado, mas ele não acreditava e dizia que pensava sim, como um pai que recebe a notícia de que seu doce filho pratica bullying na escola. Vestia uma bermuda e só isso.
                A arquiteta se sentia apreensiva. Sabia que em toda a viagem discutiriam sobre sua faculdade, sobre como vai subir no mercado e sobre coisas sobre si mesma. Ela não gostava de ser sempre o centro das atenções, mas não podia fazer nada. Gostava de sair e passear quando se sentia animada – ou quando seu namorado também ia - , mas seu pai não entendia isso. Ele não entendia como é ser um adolescente dos dias de hoje. Mas isso era um assunto que ela não gostava de pensar. Estava preocupada com a tia, mas pensava em quantas páginas do livro que ela levara leria naquela viagem. Vestia uma regata branca e um short vermelho.
                De repente, o som de uma música tocou no barco e as pessoas relaxaram levemente diante da tensão do lugar, os dois homens saíram da cabine e foram para a parte de trás. Eram homens fortes e grandes, amigos e íntimos. Foram em direção ao balde de gelo e tiraram cerveja para os dois. A futura arquiteta tomou um refrigerante. O maior dos dois dos homens estava enfrentando um problema com um grande pedaço de gelo, quebrou-o no balde e encheu os três copos, no entanto, um grande pedaço de gelo caiu no chão da lancha. Rapidamente, ele o jogou no mar.
                O gelo era o mais feliz de todos naquele barco. Tinha cumprido seu dever, gelando os refrigerantes, as bebidas e as carnes. Comandou todos os seus outros colegas, e esfriara o balde devidamente. Mas se sentia incompleto. Sentia que não morreria derretido naquele balde. Acima de tudo, ele queria a mar. Era impressionante, para ele, como uma quantidade de água podia ser tão grande. As vezes eles conversavam, e ele percebeu que estava apaixonado. Sabia que era impossível, jamais beijaria o mar em forma de gelo, mas ainda sim, seus sonhos eram fantásticos.
                Estava feliz, até chegar o homem. A principio pensara que ele pegaria um de seus homens e iria embora. Mas ele tinha que pegar o maior? Não fazia sentido, ele devia pegar os normais. A tortura começou quando ele o quebrou. Seus braços e pernas se dividiram, ficara sem corpo, sem nada. Sua cabeça escapou da mão do homem e caiu no chão. Viveu um pânico silencioso e pensava que nunca mais poderia ver o mar. Então a mão voltou e o pegou, seu calor fazendo com que a cabeça ficasse cada vez mais molhada. Foi um movimento rápido, e o gelo não estava mais lá.
                Caiu no mar e sua cabeça estava com menos de 10 milímetros de comprimento. Já era pensou. Não vou poder realizar meus sonhos. O balde esquentaria, encheria de água e os humanos não iriam aprovar seu trabalho. Ficou triste, e foi como seu coração (que não estava mais ligado a sua cabeça) parasse de bater.
                Seu coração não parou de bater.
                Percebeu que, mesmo num momento de sofrimento, de dor e de luto, ele encontrou o mar. Pode vê-lo e, antes de morrer, explorou suas profundezas. Os peixes o saudaram, com suas cores e seus movimentos, viu siris e moluscos se mexendo na areia. Não terei para chegar lá, no entanto. Um grande peixe passou por ele, e isso marcou sua transformação. Entendia tudo agora. Não havia morrido, como os mais velhos haviam dito. Se transformara. Ele entendia tudo. Ele tinha que se transformar, para, enfim, beijar o mar.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Um Jovem Jornalista de Cabelos Loiros.

Era dia ainda. O rapaz de cabelos dourados tomava uma xícara de café e observava as pessoas que, dentro da pequena cafeteria, discutiam sobre coisas fúteis e problemas familiares.
 À direita, uma jovem encantadora de longos cabelos ruivos bebericava um suco do que o jovem supôs ser de laranja enquanto petiscava pedaços de um sanduiche e cuidava de orçamentos em seu notebook. Seu telefone tocou. Atendeu, aterrorizada, e digitou rápida e ferozmente, falando num tom baixo com a pessoa do outro lado da linha. Parou de falar, de repente. Fechou o computador, se levantou, andou em direção à porta e sussurrou um "sim" delicado.
 Na mesa ao lado, um advogado revia a papelada de um de seus casos mais importantes. Girou a aliança, num gesto nervoso, talvez lembrando algo com a esposa ou os filhos. Então, um garoto de aproximadamente 14 anos passou pelo atento homem de cabelos dourados e encaracolados e sentou-se à mesa do advogado. O homem ouviu duas frases que fizeram tudo se encaixar: "Finalmente eu encontrei você, pai. Onde esteve esses anos todos?"
 A garçonete da cafeteria servia café para quatro amigos numa mesa. Todos vestiam preto, dois homens e duas mulheres. Um dos homens segurava uma rosa branca, as mulheres tinham os olhos inchados e vermelhos e também caminhos marcados no rosto, caminhos de lágrimas. O homem com olhos atentos na cafeteria resolveu não mais incomodá-los com o olhar depois que percebeu o que acontecera. Morte. Uma palavra bastante comum numa cidade bastante comum.
 A única outra mesa ocupada abrigava dois idosos, um casal. O velho vestia um macacão sujo de poeira e rastros de sujeira e, a mulher, uma camisa listrada e uma calça jeans atual demais para
sua idade, ou ao menos era isso que as pessoas com o pensamento politicamente correto falariam, o estudante de jornalismo não. Ele gostava deles. Amor na terceira idade. Isso o encantava. Pensava que por eles estarem juntos, morreriam juntos, morreriam amando. Morte, de novo. A senhora carregava uma rosa azul e o homem a olhava com o brilho no olhar.
 O amor, não era nada comum nessa cidade comum. O amor. Era só para sortudos e bem-aventurados. Bem, o jovem de cabelos dourados era um sortudo porque, na hora que pensava nisso, o amor de sua vida surgia na rua, pronta para conversar sobre assuntos fúteis e problemas de família com ele.

domingo, 29 de abril de 2012

A Estranha

 A mesa estendia-se imensa por todo o cômodo com todas as suas cadeiras ocupadas, mas Lucy estava sentindo-se sozinha, vazia. Era o aniversário de sua velha amiga e fora animada, achando que seria um simples jantar com amigas conhecidas. Mas era uma estranha ali.
 Do outro lado da mesa de madeira, um garoto de mais ou menos treze anos espirrava sem parar, dizendo que odiava o nariz e dando indiretas para o pai sentado ao lado, este, nada se interessava no filho, a tia do garoto ria sem parar segurando um copo de cerveja que nunca se esvaziava por completo, outras tias e tios discutiam sobre assuntos políticos e mais outras pessoas discutiam sobre horários de televisão. Lucy tentava se socializar com as pessoas que não a conheciam, mas na maior parte do tempo, seu sorriso carinhoso desfazia-se quando alguém a ignorava ou não dava a atenção devida. Nem sua amiga conversava com ela direito. As muralhas da sociedade se fecharam para ela naquele momento. Observou novamente o garoto que espirrava. O pai dele dizia que era culpa do ventilador, e o menino ignorava, jogando um jogo de nave espacial no celular moderno do pai. Então Lucy pediu para a pessoa mais próxima desligar o ventilador que tanto incomodava o garoto, mas ela foi novamente ignorada, pois todos discordaram da sua opinião, até mesmo o garoto.
 Garoto, você devia prestar atenção nele pensava a idosa. Sorriu para o garoto, tentando demonstrar os pensamentos com o olhar. Talvez tenha conseguido, ou não, o fato era que o garoto parou de jogar e respondeu as perguntas do pai com simpatia. Sentia-se vitoriosa, mesmo que ainda estranha e solitária.
 Enfim, Lucy, o garoto e todos os outros se foram. Já era tarde da noite, todos tinham compromisso pela manhã do outro dia. Mas antes de sair, o garoto que tanto espirrava olhou para ela e acenou positivamente, sorrindo de volta. Aquilo abriu os portões da muralha.

terça-feira, 6 de março de 2012

Confie Na Escuridão

“Vá com calma, filho. Estou com você” falou o pai, sobre os gritos dos torcedores e com a mão no ombro do filho.
 O time ganhara, e as escadas estavam enfeitadas pelas cores rubro-negras, mas aquele local não deixava de ser perigoso. Estava tudo escuro e os degraus molhados de cerveja. O menino de apenas seis anos descia as escadas devagar e bem calado, segurando a mão do pai em seu ombro. Tinha o cabelo castanho claro liso e vestia o uniforme oficial do time, um jogador em miniatura. Era um garoto bastante vivo, mas naquele momento entendeu a preocupação do pai sem precisar de explicação.
 “Pise com cuidado, tá bom?” perguntou o seu pai.
 O menino virou a cabeça e falou sorrindo: “Tá certo, papai.”. Olhou para o chão e prosseguiu em sua descida. Os hinos do time enfestavam a pequena escada e o garoto já conseguia distinguir o fim de um dos lances de escada. Avisou o pai apontando o dedo para o lugar.
 “Meu Deus. Filho, vem cá.” falou o pai, antes de levantar o filho, avisá-lo para ter cuidado, coloca-lo nos ombros e descer os últimos degraus daquele lance.
 O piso estava totalmente molhado e lamacento, mas o pai se jogara na água, para atravessar. O filho observou tudo aquilo com grande orgulho, vendo a calça de seu pai ficar suja enquanto as outras crianças passavam correndo pela água.
 Ao atravessar, o pai colocou o filho no chão e continuaram a descer na escada, agora menos lotada. A mão no ombro do garoto era quente e o confortava, pois sabia que o seu pai estava ali, nem mais ninguém. Chegaram até o final da escada e seguiram em direção ao ônibus que os esperava para leva-los à capital. Muitas pessoas estavam aglomeradas no local de saída e logo o pai andava abraçado ao filho, numa tentativa de proteção. Passaram sem nenhum problema e entraram no ônibus. O filho foi para a janela e, quando o pai sentou, apenas falou:
 “Eu te amo, papai”.

sexta-feira, 2 de março de 2012

A Queda do Muro

 A pequena casa de madeira tremia ritmicamente, sem nenhuma explicação. Abelardo e Aleixo estavam tentando tomar café, mas os tremores faziam-nos ficar desajeitados. Alfonso, o pai dos dois, estava acendendo a pequena lareira que tinham quando eles começaram. Eram pequenos, de fato, mas faziam o café e a xícara balançarem.
 Viviam na Alemanha socialista, dividida pelo Muro de Berlim. A mãe de Abelardo e Aleixo um dia passara por perto do tal muro segurando comida, mas um dos soldados a confundiu com um rebelde e atirou nela. Alfonso tentara ser forte e ainda tentava até hoje. Mas, com as crises econômicas, não vinha tendo uma vida muito boa ali, sempre pensava em como pôde chegar a tal ponto o socialismo. Aleixo bebericou do café.
 “O que será?” perguntou Aleixo, em seu alemão de dar inveja, sobre os tremores.
 Alfonso foi até a janela para espiar a rua de pedra de sua casa. Nada além de uma fina névoa estava diferente. Um ou dois carros passavam normalmente, mas os tremores continuavam.
 “Não sei, vou até a praça, saber o que está acontecendo.” respondeu o pai.
 “Vamos com você!” em uníssono, Abelardo e Aleixo se auto convidaram.
 Vestiram grossos casacos e saíram para as ruas, todos duvidosos sobre o que encontrariam. Caminharam por pouco tempo, até avistar ruas lotadas de gente que corria para a mesma direção.
 “Fim ao socialismo!” gritavam uns, “Liberdade de expressão!” gritavam outros, mas todos gritavam sorrindo, sem exceções. A família alemã ficou parada assistindo enquanto todos aqueles homens e mulheres corriam e corriam para um lugar que Abelardo, Aleixo e Alfonso não tinham a menor ideia. Até que, correndo feito um maluco, Alfonso encontrou um velho amigo, segurou-o pelo braço e perguntou meio tenso:
 “Para onde vocês todos estão indo? O que está acontecendo?”.
 O homem olhou-o como quem olha um louco.
 “Meu velho, estamos indo para a salvação! Conseguimos quebrar o muro! O muro!” gritou e logo reiniciou a corrida, deixando a família pasma.
 Alfonso olhou para Abelardo, que retribuiu o olhar e olhou para Aleixo, que olhou para o pai. Depois os três começaram a correr junto com a população, juntos e sorrindo. Um homem no meio de uma rua próxima ao Muro de Berlim estava distribuindo picaretas, pedras grandes e alguns martelos para as pessoas que, após aceitarem, logo foram derrubar o muro. Alfonso pegou uma grande pedra, assim como os filhos. Chegaram ao muro gritando de felicidade e xingando os políticos do socialismo real. Cada um pegou sua pedra e começou a violentar o muro com força. Abelardo escalou o muro e ajudou um ferreiro a fazer um buraco completo no meio daquele que havia dividido dois sistemas. Não haviam defensores ali, só os rebelados. O muro foi caindo, aos poucos, destruído por milhões de moradores enfurecidos com a falta de liberdade no país.
 Eles sabiam que estavam mudando o curso da História, mas pouco se importavam. Eles apenas queriam ter liberdade, apenas serem livres. Não queriam mais ser obrigados a ficar calados, nem a ficar sem comida ou salário. Eles batalhariam, mas agora livres, e não dependentes do Governo.
 Ao anoitecer, os três homens voltaram para casa segurando um pedaço do que fora o muro, e o quebraram no chão, até ficarem em pó. Viam muitos repórteres entrevistando algum morador ou moradora e todos sorrindo pulando.
 Alfonso voltara para casa, sabendo que sua vida iria mudar, mas mudar para melhor. Iria com os filhos o quanto antes para a parte capitalista da Alemanha, fugir daquilo, apenas fugir. Ele não seria explorado novamente e viveriam, talvez, uma vida digna e justa. Ele iria poderia trabalhar para se sustentar, poderia ter um pouco de descanso em relação a crises. Enfim, poderia muito.
 Mas, o melhor de tudo, era que agora, não estaria mais calado.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

As Diferenças Como Elas São

Diferenças e diferenças
Oque fazem neste mundo?
Não importam as crenças
Temos que aceitar as diferenças
 
Gordo ou magro
Alto ou baixo
Menino ou menina
Tanto faz, falta de respeito, não mais
 
Pensando e refletindo
Os pecados vão sumindo
Num mundo de diferenças
É bom a convivência

O mundo é feito de diferenças
E com elas temos que aprender
Pensemos nas pessoas diferentes
Que, por causa do preconceito, vivem a sofrer


#RedaçãoEscolar                     
Autores: Matheus Rocha, Augusto Borges e Lucas Henrique