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sábado, 18 de fevereiro de 2012

Sexta-Feira

 Meus amigos que trouxeram aquela fantasia para mim.
 Estava horroroso, sem mais nem menos. Me colocaram numa roupa de jedi, sim, um jedi. Pensei que ia ficar muito legal, mas era apenas um pano bege, a fantasia. Nem o sabre-de-luz tinha! Enfim, tive que vestir.
 O carnaval naquilo que chamavam de colégio era no mínimo sem necessidade. Praticamente ninguém iria vir fantasiado e iria ficar dançando frevo, muito menos samba. A escola era pequena e possuía muitos alunos. Mas tudo bem, não sou tão anti-social ao ponto de ficar de fora, não é mesmo?!  Enfim, levei meu próprio sabre-de-luz verde de casa e amarrei-o com um cinto a fantasia. Cheguei tarde, praticamente atrasado, à primeira aula. Meus amigos já estavam fantasiados e algumas das meninas também. Tinha um com mascara de Pânico, outro fantasiado de Woody, de Toy Story, outro vinha de pirata, ou era a intenção, e outro de Yoda, como tínhamos combinado. As meninas continuavam com as fantasias de sempre: Chapeuzinho vermelho, vampira, pirata e outras fantasias comuns. As aulas foram rápidas, até que o meu tempo inteiro ficou em “câmera lenta”. A garota dos meus sonhos entrou na sala, fantasiada de abelha (outra fantasia comum). Cumprimentei-a quando passou por minha fila, mas logo a distância me calou para ela.

 Logo as aulas acabaram para a “liberação” dos pirralhos. Eu era um deles, claro. Na quadra, as pessoas pulavam ao som de músicas do carnaval e, da cantina, eu me perguntava o que eles tinham na cabeça. Mas minha abelhinha não estava na quadra, estava do meu lado, falando comigo sobre jogos e que o carnaval não era lá uma festa muito animadora para nós. E ela estava de mãos dadas a mim.

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